Estudos e textos sobre a religião Hindu Gauḍīya Vaiṣṇava em inglês e português, conhecida também por Bhakti Yoga ou Movimento Hare Kṛṣṇa. Os textos publicados e traduzidos são de diferentes maṭhas e sampradāyas. / Studies and texts about the religion Hindu Gauḍīya Vaiṣṇava in English and Portuguese, also known as Bhakti Yoga or Hare Kṛṣṇa Movement. The texts published and translated are from different maṭhas e sampradāyas.
Hagiografia de Śrī Kuñjabihāri Dās Bābājī Mahārāja
Série Biografias Resumidas
dos Bābājīs Gauḍīya Vaiṣṇavas
SRI KUNJABIHARI DAS BABAJI MAHARAJA
(1896-1976)
Kunja Bihari Das Babaji era um Tewari
Brahmana de Meshya, uma pequena aldeia perto de Jhalda, no distrito de Purulia,
no noroeste da Bengala. Recebeu o nome de Kunja Kishor Tewari quando nasceu, no
Jhulan Purnima de 1896, sendo o único filho de Nilakamal Tewari e Muktamala
Devi. Ele se interessou por assuntos religiosos quando ainda garoto, aprendendo
as versões bengalis do Mahabharata e do Ramayana de seu tio, Nilamadhab Tewari.
Parecia que a religião Caitanyaísta não era bem conhecida na região na época, e
sua primeira atração religiosa foi ao Rama-carita Manasa, de Tulasi Das. Foi
apenas em meados dos anos 1920, que ele encontrou pela primeira vez o
Bhagavata-purana, com a tradução e comentário de Radhavinoda Goswami. Como de
costume nestas circunstâncias, os pais de Kunja Kishor se preocuparam a
respeito dos interesses religiosos de seu único filho, e o casaram ainda em
idade jovem, para garantir seu compromisso com a família.
Muito embora tivesse apenas uma
limitada educação formal, Kunja Kishor abriu uma escola primária em sua aldeia,
onde ensinou por vinte anos. Seus interesses principais continuaram a ser
religiosos, mas, ao mesmo tempo, ele engajou seus estudantes no movimento
nacionalista (Svadeshi), cultivando algodão e fiando-o com o intuito de fazer
roupas caseiras. Ele foi particularmente influenciado por Nibaran Chandra
Dasgupta, o editor da revista Mukti, que era o órgão principal do partido do
Congresso no distrito. Nibaran Chandra era também um Vaisnava, que via a
independência como um meio de melhorar o status da religião Caitanyaísta. Kunja
Kishor foi muito influenciado por seu ensinamento, em particular, sua atitude
diante da proliferação de líderes religiosos na Bengala reivindicando serem
encarnações de Deus. Ele foi também introduzido por este a alguns dos aspectos
mais sutis dos ensinamentos do Caitanya-caritamrta.
Em 1922, Nilakamal Tewari morreu.
Kunja Kishor seguiu os rituais de luto obrigatórios, finalizando com a
cerimônia sraddha, mas, logo depois disto, ele adoeceu e por aproximadamente
oito meses foi repetidamente atacado por fortes febres. Depois desta longa
doença, Kunja Kishor passou por um período que durou aproximadamente um mês e
meio da estação chuvosa de 1923, o qual ele mesmo descreveu como unmada, “insanidade”. Ele experimentou
este período como sendo de grande alegria e liberdade, afirmando ter tido
visões de Radha e Krishna e ouvindo sons divinos, etc. Mais adiante em sua vida,
ele olhou para este período como um precursor de suas experiências como um perito
no Radha Kund.
Apesar de todas essas
distrações, a escola de Kunja Kishor continuou a ser um sucesso, com muitos de
seus graduados ganhando bolsas de estudo para seus estudos posteriores. Assim,
embora ele tendesse a usar a escola como uma plataforma para atividades
religiosas e políticas, havia pouca objeção dos inspetores escolares. Um de
seus estranhos costumes de classe era manter uma caveira humana, encontrada num
campo, num exibidor com intuito de lembrar a seus estudantes da impermanência
da vida. Gradualmente, a escola cresceu e um novo prédio, com o aspecto de um
ashram, foi erigido no meio de um campo e lhe foi dado o nome de Sevasrama. Um
festival Vaisnava de três-dias, o qual continua a ocorrer lá anualmente, foi
inaugurado pelo tio de Kunja Kishor, Subal Chandra Tewari.
No começo dos anos de 1930, a
influência dos ensinamentos dos Sahajiyas e Bauls começaram a ser sentidas no
distrito, e alguns amigos próximos da família Tewari também se tornaram membros
destas seitas. Kunja Kishor sentiu-se muito afortunado de encontrar um Vaisnava
de Vrindavan, que estava viajando na área na época. Deste ele aprendeu muitos
aspectos do ensinamento Vaisnava, como este é preservado em Vrindavan, incluindo
a sucessão discipular e a importância do siddha-pranali na tradição Gaudiya
Vaisnava. Kunja Kishor tinha sido iniciado por Gopal Chandra Thakur Goswami de
Jhalda quando tinha apenas dez ou onze anos de idade.
Ele agora dera passos para
recuperar o conhecimento de siddha-pranali, que era a chave para promover o
avanço no caminho espiritual. Com entusiasmo renovado e munido com esta
compreensão aprofundada da tradição ortodoxa, ele organizou para converter
diversos de seus vizinhos Sahajiyas e Bauls para o caminho do puro Vaisnavismo.
Isto causou um distúrbio e os Bauls iniciaram uma campanha de criticismo contra
a ortodoxia Vaisnava. Uma grande assembléia foi chamada a se reunir no Sevasram,
em novembro de 1934, para estabelecer a supremacia do movimento ortodoxo.
Muitos convidados falantes de todo o mundo Vaisnava foram convidados, liderados
pelo erudito Vrajendranath Chakravarti de Jhalda. O resultado do encontro foi
que a influência no distrito de várias sub-seitas Tântricas do Gaudiya Vaisnavismo
estava seriamente enfraquecida.
Infelizmente, apenas poucas
semanas após este sucesso, a esposa de Kunja Kishor morreu num parto. Ele
continuou sua vida como um professor por mais vários anos enquanto desempenhava
suas responsabilidades para com suas duas filhas, Vinodini Devi e Janaki Bala,
zelando por seus casamentos e educação. Durante essa época ele continuou a
organizar grandes assembléias com o nome de Gaudiya-Vaisnava-Dharma-Samraksini
Sabha (“Conselho para a proteção da religião Gaudiya-Vaisnava”). Aqueles que
tinham sido iniciados eram encorajados a encontrar seus siddha-pranalis, enquanto
aqueles que eram iniciados em movimentos heterodoxos eram encorajados a buscar
reiniciação. Ele juntou dinheiro para que aulas de mrdanga e kirtana pudessem
ser dadas no Sevasram e formou um grupo de kirtana com os estudantes que
participaram.
Conversas da estreita aderência
de Kunja Kishor à ortodoxia de Vrindavan chegaram aos ouvidos de Krishna
Caitanya Das Babaji do Radha Kund, também oriundo de Jhalda, quem lhe escreveu
dizendo que sentia que Kunja Kishor devia ter sido um amigo seu por muitas
vidas. A gentileza de um grande monge como Krishna Caitanya Dasji teve um
efeito profundo em Kunja Kishor e seu interesse na vida material diminuiu mais
ainda. Em 1937, durante o período Kumbha (meio do inverno), ele foi para o Radha
Kund, para um mês de férias, e aceitou Krishna Caitanya Dasji como seu siksa-guru,
tomando o Panca-tattva e outros mantras dele, bem como instruções sobre
adoração. Krishna Caitanya Dasji morreu um ano depois.
Em 1939, Kunja Kishor voltou
para Braj com sua mãe, desta vez para sempre. Ele foi imediatamente iniciado na
ordem de vida renunciada, pelo renomado erudito Advaita Das Babaji de
Govardhan, recebendo o nome Kunja Bihari Das Babaji. Poucos meses depois sua
mãe também tomou a ordem renunciada de Advaita Dasji, recebendo o nome de Madhavi
Dasi. Ela continuou a viver em um quarto perto do Gopa Kuwa, no Shyam Kund, antes
de morrer em 1944.
Kunja Bihari Dasji encontrou
uma cabana em Brajananda Ghera, e com a ajuda de doações recebidas de seus
conterrâneos ele pode melhorar muito o prédio. Neste, ele estabeleceu uma
editora a qual chamou de Krishna Caitanya Sastra Mandir, em homenagem a seu
siksa-guru. Ele publicou não apenas numerosos livros como Bhavakupe Jiver Gati,
Paratattva Sammukhya, Bhakti-kalpa-lata, Bhakti-rasa-prasanga e
Manjari-svarupa-nirupana, mas muitas pinturas e mapas também. O afamado erudito
de história Vaisnava e literatura Bengali, Biman Bihari Majumdar, usou o Bhakti-rasa-prasanga
como um texto obrigatório para seu curso de mestrado M.A. na Universidade de Patna.
Em sua introdução ao Manjari-svarupa-nirupana,
Kunja Bihari Dasji escreve que seu primeiro entendimento com o humor de manjari
foi através de seu guru de renúncia, Sri Advaita Dasa Babaji de Govardhana, a quem
ele chamou de o mais notável erudito do mundo Vaisnava, especialmente no
assunto de estética ou arrebatamento sagrado. Desta época em diante, ele
tornou-se especialmente interessado no assunto e começou a coletar referências
do humor de manjari sempre que ele se deparava com elas, dando atenção especial
aos diferentes ingredientes necessários para produzir a experiência do arrebatamento
sagrado neste humor. Mais tarde, ele teve a oportunidade de viver por um longo
tempo com outro grande erudito e residente do Radha Kund, Dinasarana Dasa
Babaji, e pôde estudar meticulosamente toda a literatura sobre o assunto.
Durante este período, a maior parte dos materiais encontrados neste livro eram
compilados. Depois, outros residentes do Kund deram encorajamento, e através de
ajuda financeira recebida de várias fontes, esses materiais foram publicados
como “An inquiry into the nature of Radha’s handmaids”. (Uma investigação sobre
a natureza das criadas de Radha – ainda sem tradução)
Kunja Bihari Dasji fez um
grande número de discípulos, vários dos quais mais tarde tornaram-se abades do
Radha Kund. Seu discípulo mais célebre, Ananta Das Babaji, é um grande erudito
por seus próprios méritos, que publicou numerosas obras da Krishna Caitanya
Sastra Mandir. A influência de Kunja Bihari Das continua a ser sentida em sua
cidade natal, que seus habitantes identificam como Jharikhand, a área de selva
através da qual Caitanya passou em seu caminho de Puri para Vrndavana em 1513,
evitando a estrada mais freqüentada ao longo do Ganges. A proporção de babajis
vivendo no Radha Kund, que vem da parte mais ocidental da Bengala, é bem maior
do que 50%. O Vaisnavismo no distrito de Puruliya continua carregando a forte
marca das práticas encontradas no Radha Kund.
Kunja Bihari Dasji desapareceu
deste mundo no ano de 1976, aos 80 anos de idade.
A informação biográfica apresentada aqui é baseada no panfleto “Paramaradhya
Sri-Sri-gurudev Om Visnupad 108 Srimat Kunja-bihari Das Babaji Maharajer Caritavali
o Sucaka”, escrito por Ananta Das Babaji (Vrindavan: Sri-Kesava Das, 1979).
Compilação e tradução para o inglês por Jan
Brzezinski (Jagadananda Das)
Tradução
para o português por David Britto em junho
de 2011 (reformatada em julho de 2012)
Um documento pelo Concílio Aconselhador Sastrico, Sastric Advisory
Council (SAC)
Membros participantes na autoria deste documento: Suhotra Svami,
Gopiparanadhana Dasa, Drutakarma Dasa, Mukunda Datta Dasa, Purnacandra Dasa,
Devamrta Dasa
Introdução
Em 17 de setembro de 2003, o Concílio Aconselhador Sastrico (SAC) recebeu
um pedido do Comitê Executivo (EC) do GBC requisitando a este a pesquisar o
tópico filosófico do possível futuro de diksa-gurus femininas na ISKCON:
“Estamos cientes de que a possibilidade de devotos quererem que senhoras
se tornem gurus na ISKCON está aí, mas até agora ninguém abordou o
assunto de como corrigir ou apropriar isto para que possa estar de acordo com
as declarações de Srila Prabhupada, sastra, declarações dos acaryas
prévios ou considerações históricas. Agora que o nome de Urmila foi proposto
como uma guru na ISKCON, isto trouxe o assunto para a pauta e o EC sente
que há uma necessidade de pesquisa a ser feita para clarear a compreensão.
Gostaríamos que o SAC pesquisasse isto e nos desse um relatório. Conduziremos
uma discussão separada sobre o impacto cultural desta decisão. Tudo que pedimos
de vocês é uma compreensão filosófica.”
A respeito do processo do caso particular de Urmila Devi na ISKCON, um
membro do EC escreveu, “Até onde eu entendo, isto é um processo regular. Não
mudamos a lei do GBC. Mas ela já recebeu três objeções, o que significa que sua
nomeação vai diante de todo o corpo do GBC em Mayapur para discussão. Então, o
corpo do GBC quer estar preparado sastricamente para discutir esta
questão, definir uma conclusão e executar um voto informado sobre isto. Também,
queremos que os devotos em geral entendam que a decisão do GBC foi feita com o
conhecimento da história e do siddhanta vaisnavas.”
Os membros do SAC sentiram que as circunstâncias da tarefa eram válidas e
o tópico interessante e assim aceitaram a tarefa. Urmila Devi, entretanto,
sendo um membro do SAC envolvida neste caso diante do GBC, isentou-se da
discussão e de escrever este documento.
Ainda, para assegurar que todos os lados do tópico foram representados
propriamente, o SAC aceitou um membro temporário representando os vaishnavas
criados em Bharata onde se pode questionar a propriedade de devotas femininas
como gurus conforme ao histórico cultural.
Os membros do SAC decidiram proceder por tentar reunir evidências nas
seguintes categorias: (1) declarações de Srila Prabhupada (2) declarações por
outros acaryas Gaudiya vaishnavas (3) declarações por outros acaryas
vaishnavas (4) declarações dos smrtis vaishnavas e (5)
exemplos históricos.
Também decidimos alargar nossa visão e assistir o GBC em suas discussões
sobre o impacto cultural conduzindo uma pesquisa limitada aos líderes das sampradayas
Gaudiya e outras vaishnavas; que será apresentada separadamente. Começamos
nossa discussão em 8 de maio de 2004. Os resultados se encontram abaixo.
[...]
Ponderando a Evidência e Concluindo
A única declaração negativa significante —“Suniti, entretanto, sendo uma
mulher, e especificamente sua mãe, não podia se tornar diksa-guru de
Dhruva Maharaja.” (Bhag. 4.12.32 significado) — pode ser
interpretado diferentemente. Uma interpretação possível é que mulheres não
podem iniciar devotos masculinos, mas poderia assim fazer com devotas
femininas. Outra poderia ser que mulheres podem iniciar todos os outros exceto
sua própria prole. Esta segunda interpretação poderia ser suportada pelo fato
de que a segunda esposa do Senhor Nityananda, Sri Vasudha Devi, na iniciou seu
próprio filho, Viracandra, mas Sri Jahnava Devi o fez. Em qualquer caso, Srila
Prabhupada está se referindo a um incidente em um tempo específico no passado
distante, e suas outras declarações tratando com o tempo presente (conversas
com o Professor O’Connell ou com Atreya Rsi Dasa), e especificamente dentro da
ISKCON, são mais valiosas como pramanas nesta discussão.
Adicionalmente, o sistema vaidika operava durante a Satya-yuga.
Sob tal sistema, as mulheres geralmente não recebiam iniciação. Portanto,
logicamente, elas também não podiam dá-la. Sob o sistema pancaratrika mais
recente, entretanto, mulheres qualificadas podem aceitar e oferecer iniciação.
Apresentamos também declarações, por um lado, requisitando a dependência
e proteção sociais das mulheres e, por outro, declarações atestando que em
assuntos espirituais tais considerações podem ser transcendidas.
Quando olhamos para todas as declarações de Srila Prabhupada vemos que
ele tinha a concepção de gurus femininas no futuro, i.e. se elas
pudessem chegar ao padrão, e que havia gurus femininas no passado a quem
Srila Prabhupada citou como evidência de sua posição. Mas ele disse que elas
eram raras e então nós deveríamos seguir esta indicação.
Ponderando a evidência filosófica, a equipe do SAC conclui que devotas
femininas, se qualificadas, devem ser permitidas dar iniciação na ISKCON.
Parece ser insustentável com base em guru, sadhu e sastra,
ter uma política que defenda que nunca deve haver gurus femininas na
ISKCON. O GBC, entretanto, pode escolher não ter gurus femininas no
presente com base em tempo, lugar e circunstâncias ou considerações culturais.
Mas assim deve ter alguma justificação do porquê deste tipo de política ser
necessária agora.
Se o consenso do GBC é seguir com gurus femininas na ISKCON, então
sugerimos pré-requisitos familiares a serem considerados. Os seguintes
pré-requisitos levam em conta preocupações sociais:
Pré-requisitos e Apoio Familiares
Uma vez que é difícil averiguar o nível de bhakti de alguém, e
para assegurar estabilidade, pode ser considerado prudente pelo GBC colocar
alguns pré-requisitos familiares, não absolutos (do contrário violaria o verso kiba-vipra [CcMadhya 8.128]),
sobre as candidatas a guru femininas na ISKCON. Aqui estão algumas
humildes sugestões:
a) A vaisnavi deve normalmente ser de uma determinada idade (p. ex.
cinquenta ou mais).
b) A vaisnavi deve normalmente ter executado um número mínimo de anos de sadhana-bhakti. (p.
ex. vinte e cinco ou trinta anos)
c) A vaisnavi deve normalmente ter algum apoio familiar, p. ex. marido,
filho ou filha adulto, ou genro ou nora adulto, e uma base residencial para
assegurá-la uma estabilidade psicossocial. Esta cláusula sugerida corresponde
às muitas recomendações e advertências sobre mulheres tornarem-se independentes
dadas nos dharma-sastras.
d) A vaisnavi deve normalmente ter um apoio espiritual na forma de pelo
menos um ou mais siksa-gurus ou mentores seniores dos quais ela
pode ter assistência.
Por que condições familiares devem ser colocadas para candidatas a guru
femininas?
As mulheres têm uma natureza psicofísica diferente dos homens. Portanto,
enquanto ainda estiver nos estágios sadhana de bhakti, uma
candidata a guru feminina faria bem em ter algum apoio familiar. Ainda, é raro
encontrar exemplos delas aceitando o papel de guru. Isto é claramente
declarado por Srila Prabhupada nas conversas acima citadas. Estes
pré-requisitos familiares são medidas simples para salva guardar e apoiar
futuras gurus femininas sem sobrecarregar candidatas em perspectiva com
burocracias desnecessárias.
Fonte: GBC (Tradução da
Introdução e Conclusão do original de aproximadamente 14 páginas)
Tradução e resumo [...] por David
Britto, 28 de fevereiro de 2013
Shri Shri 108 Prana Krishna Das Babaji
Maharaja apareceu em uma família vaishnava no ano de 1918, na aldeia Dhaka
Dakshin (o lugar sagrado de aparecimento do pai de Shriman Chaitanya
Mahaprabhu), perto da cidade de Shri Hatta, no atual país Bangladesh. Ele teve
2 irmãs (mais novas que ele) e 2 irmãos (mais velhos que ele). Apenas as irmãs
ainda estão vivas, na aldeia de Radhapur, próxima à cidade de Dharmanagar, no
estado de Tripura. Seu pai e irmãos possuíam vozes muito boas e eram todos
hábeis em executar kirtan. Quando o atual estado de Bangladesh tornou-se
independente da Índia, ele mudou-se para a cidade de Dharmanagar, onde
completou seus estudos e recebeu o título de professor. Na casa de seus
parentes ele fez um pequeno poço de água que ainda hoje é cheio de água mesmo
na estação quente. Ele estendeu seu amor profusamente a seus irmãos, frequentemente
recebendo-os com kirtan. Em Tripura sua família executou harinam yajna várias
vezes em casa, convidando mais de 200 pessoas para comparecer ao programa em e
honrar os pratos oferecidos ao senhor.
Ele trabalhou para o escritório ferroviário
por vários anos, sempre vestindo dhoti (roupa tradicional da religião hindu).
Nesta época, sua família quis arranjar seu casamento. Quando as preparações
estavam caminhando ele confidenciou a um de seus amigos que seu desejo íntimo
era residir em Vrindavana. Na mesma noite ele deixou o lar. Mais tarde, ele foi
vier no estado de Assam, na cidade de Karimganj, a 100 km de Dharmanagar,
residindo na casa de um devoto e passando seu tempo viajando para inúmeras
aldeias por perto, executando kirtana e japa. Desde a infância ele possuía um
apego muito sincero e profundo gosto por harinam, revelando assim seu samskara
(atividade de sua vida passada) anterior como um devoto exemplar. Depois de
algum tempo, o devoto casado que o hospedou faleceu repentinamente, deixando
sua esposa sozinha com 5 filhas e um filho. Aflita pela grande desgraça que caiu
sobre ela devido à morte de seu esposo, a senhora enfrentou numerosas
dificuldades e ficou mentalmente insana.
Os
aldeões locais estavam incrédulos sobre a causa do evento e muitos residentes
locais da aldeia aconselharam Praphullo (o nome anterior do Baba) a abandonar
aquela casa para evitar críticas a ele. Não ligando para a opinião ordinária do
povo ele concedeu sua compaixão incondicional aos inocentes e desamparados,
oferecendo sua ajuda de muitas maneiras para a família inteira na partida de seu
querido amigo. Finalmente, ele os inspirou no caminho do Amor Divino através do
cantar dos Santos Nomes de Shri Hari. Devido ao poder espiritual incomum de
Praphullo a senhora recuperou sua paz mental e desenvolveu um desejo sincero de
passar o resto de sua vida junto com suas crianças executando bhajan. A devoção
ampliada dela para com o Senhor, que é o abrigo último das almas sofredoras,
impressionou o coração dos aldeões. Surpresos ao observar a rápida recuperação
dela e convencidos pelas palavras verdadeiras dela elogiando a graça recebida
de Praphullo, os residentes locais começaram a considerar o fato como um
milagre, honrando-o como um santo e salvador da aldeia. Eles o louvaram assim
como reverenciavam ao Senhor Chaitanya Mahaprabhu, e quando Praphullo costumava
visitar a casa deles, eles sentiam como se uma personalidade divina estivesse
honrando suas moradas. Praphullo nunca revelou esta história a ninguém, estando
seu coração livre do desejo de receber honra e fama. Ao invés disso, ele estava
sempre ávido para servir os outros com a máxima humildade.
Recentemente Baba foi visitar esta aldeia
novamente com um de seus discípulos que ouviu esta história do milagre narrada
por uma das filhas do amigo falecido pela primeira vez. Uma vez, em outra aldeia,
Praphullo juntou alguns devotos e os ordenou a executar kirtan até que ele
voltasse. O kirtan começou e Praphullo saiu, retornando muitas horas depois,
carregando com ele uma quantidade incrível de arroz, muitos vegetais, feijões e
uma grande variedade de outros produtos alimentícios. Ele também trouxe muito
dinheiro com ele para distribuir em doação no dia seguinte. O kirtan foi
executado por 24 horas continuamente, e a prasada (primorosas preparações de
comida espiritual) da manhã seguinte foi distribuída para muitas pessoas. Do
mesmo modo ele executou kirtan em diferentes locais. Mais tarde Praphullo foi
residir no Madan Mohan Mandir de Nabadweep, onde permaneceu muitos anos no
ashram de seu Guruji, Jadu Gopal Goswami. Seu Guruji era um homem muito alto e
forte. Por alguma razão Praphullo era tímido para se aproximar dele devido a
sua constituição corpórea forte, assim, ele não pôde receber sua associação
próxima.
Ao invés disso, ele recebeu mais instruções de
Madan Gopal Goswami (o filho de Jadu Gopal Goswami), com quem desenvolveu uma
associação estreita para executar bhajan (orações devocionais), kirtan, katha e
distribuição de prasada. Naqueles dias, Praphullo circum-ambulava regularmente
a terra santa de Nabadweep cantando japa. Após a partida de Jadu Gopal Goswami
deste mundo, ele recebeu o siddha pranali completo do filho deste. Praphullo e
Madan Gopal Goswami viajavam juntos frequentemente; uma vez, durante uma viagem
de ônibus eles sofreram um terrível acidente – todos os passageiros ficaram seriamente
machucados. Apenas Praphullo e Madan Gopal Goswami ficaram completamente
ilesos. Outra vez, eles estavam passando por um despenhadeiro estreito entre as
montanhas quando de repente as árvores de bambu de ambos os lados da estrada
curvaram-se completamente para prestar-lhes suas reverências e voltaram ao
normal. Nesta ocasião Madan Gopal Goswami revelou à Praphullo que aquelas eram
árvores de bambu especiais que estavam oferecendo suas respeitosas homenagens a
um descendente do Senhor Nityananda (o próprio M. G. G.). Em outra ocasião,
depois de uma longa viagem, eles chegaram a um lugar onde um grupo de devotos
estava recitando katha (narração dos santos ensinamentos e histórias). Ao
encontrar Madan Gopal Goswami, o organizador o convidou a falar para a
comunidade. Ele então pediu à Praphullo para escolher um assunto para o katha e
Praphullo sugeriu que seu Guruji narrasse o Guru Vandana (orações à Shri
Gurudev). Deste modo, o katha continuou e o Guru Mahima (as glórias de Shri
Guru) foi descrito elaboradamente. No começo Praphullo visitava frequentemente
o Radhakund e Vrindavana com os devotos de Nabadweep. Em Vrindavan ele residiu
no Kesi Ghat, sustentando-se principalmente de água e madhukari roti (pão
indiano recebido ao se mendigar nas residências dos residentes locais de Vraja)
os quais comia em um local isolado num barco no Yamuna (rio sagrado). Há 40
anos ele vive permanentemente no Radhakund. Devido a sua mais profunda
humildade e exaltada bhakti (devoção ao Senhor) Bhagavat Das Babaji lhe
conferiu o título de babaji (ordem de vida renunciada), e lhe concedeu a
oportunidade de residir num kutir localizado no lado direito do Shri Shri Radha
Gopinath Mandir, onde Shri Raghunath Das Goswami executou bhajan no Radhakund.
Desde esta época, Praphullo conhecido até hoje como Shri Prana Krishna Das
Babaji Maharaja. Uma vez, Bhagavat das Babaji pediu-lhe para executar 24 horas
de kirtan no Samadhi de Raghunath das Goswami. Ele concordou e muitos sadhus
vieram para o kirtan.
Ele mendigava diariamente para
prover vários alimentos e leite para o templo de Mahaprabhu no Radhakund. Ele
era muito resoluto em seu parikrama diário de Govardhana (24 km a pé) e sua
atividade proeminente era kirtan. Uma vez, um jovem devoto cujo nome era
Bhagavat Das, que vivia anteriormente em Nabadweep, veio viver em Vrindavan no
Giridhari Mandir depois da partida de seu Guru instrutor, Guru Vinod Bihari
Goswami. Mais tarde, este devoto estabeleceu residência em Govardhan, fazendo kirtan
e executando o dandavat parikrama de Shri Govardhan. Nesta época ele encontrou
o Babaji perto da aldeia de Anyor. Lá o Babaji lhe perguntou por que ele estava
executando o dandavat parikrama e Bhagavat Das respondeu que este era seu
desejo íntimo. O Babaji lhe revelou que na tradição Gaudiya isto não era
recomendado porque quando se presta homenagens, curvando-se, o corpo deve estar
à direita de Govardhan. O Babaji explicou que deste modo ele receberia o
resultado do parikrama, mas não das dandavats. Deve-se oferecer reverências
prostradas em um só local. Nesta época o Babaji convidou Bhagavat Das para
ficar com ele no Radhakund para executar bhajan. Em Puchri Ka Lota (um lugar sagrado
aos pés da Colina de Govardhan), profundamente impressionado pela personalidade
de Babaji, Bhagavat Das recebeu a iniciação harinam dele. Ele decidiu seguir o Babaji
ao Radhakund e mais tarde recebeu a diksha completa, recebendo o nome de
Bhagavan Das. Após viver 1 ano em Kamyavan e Jatipura ele foi viver
permanentemente no Radhakund.
Já faz 15 anos que ele está com
Guruji. Há apenas 10 anos o templo de Shri Radhavinod foi entregue para Babaji
e Bhagavan Das (o atual pujari do mandir). Anteriormente, este templo estava
aos cuidados de outro idoso babaji. Muitos babajis ofereciam seus serviços por
algumas semanas ou por alguns meses. Quando a sociedade local quis entregar o mandir
para Shri Prana Krishna Das Babaji e seu discípulo Bhagavan das, a condição
dele estava terrível. Bhagavan Das quis recusar, mas Babaji lhe disse que a
sociedade local e Radha-Vinodji estavam infelizes por não receberem o cuidado
adequado. O Babaji prometeu que daria seu total apoio e que certamente, pelo
poder da extraordinária Graça Divina, o templo se desenvolveria logo. O Babaji
então convenceu seu discípulo a aceitar de coração a proposta de prestar
serviço no mandir. Madhusudhan Babaji deu a chave do templo junto com um arroz
cru, feijões e querosene. Quando eles chegaram com estes itens, o mandir estava
empoeirado, sujo e mesmo os utensílios estavam faltando ou quebrados. Havia
apenas uma panela pequena onde Bhavana Das reunia todos os ingredientes e
cozinhava para o Senhor. Atrás do mandir, havia era uma zona de lixo. Três dias
depois era a celebração do desaparecimento de Shri Lokanath das Goswami.
Lentamente o templo e o espaço ao redor foram limpos e a adoração procedeu
cuidadosamente. Lokanath Goswami foi um vaishnava proeminente e reservatório de
serviço fixo aos pés de lótus de Shri Shri Radha-Vinoda. Ele tinha um grande
desejo de estabelecer a adoração da deidade e prestar serviço ao Senhor de
Vraja. Compreendendo a aspiração de Lokanath de servir Krishna, o Próprio
Senhor apareceu e ofereceu um vigraha para Lokanatha Goswami dizendo: “Adore
esta deidade aqui. O nome desta deidade é Radha-Vinoda." Depois de lhe dar
esta bela deidade, Krishna desapareceu. Para proteger a deidade, ele preparou
uma sacola de pano a qual virou seu templo. Shri Radhavinoda ficou como um
colar de joia ao redor de seu pescoço. As deidades foram transferidas para
Jaipur depois, e uma pratibhu murti está presente agora no Radhavinod Mandir. É
dito que quando Krishnadasa Kaviraja Goswami foi até Lokanatha Goswami e lhe
pediu suas bênçãos para compilar o Shri Chaitanya Caritamrita, Lokanatha Goswami
concedeu-lhe suas bênçãos, mas proibiu a Kaviraja Goswami de mencionar seu nome
no livro. Kaviraja Goswami, impressionado por seu apelo, como um sintoma de
humildade inabalável, teve que aceitar seu pedido. Assim, não surpreende que Shri
Radha-Vinodji deseje ser adorada atualmente por Shri Prana Krishna Das Babaji, cuja
vida é um exemplo transparente de devoção pura e humildade incomum ao Senhor. O
dia de Adhivas (cerimônia preparativa para a celebração de desaparecimento de
Shri Lokanath Das Goswami do dia seguinte) chegou e Guruji pediu a Bhagavan Das
para comprar um quilo de laddu (doce de leite) e oferecer duas vezes às
Deidades para que o grupo de kirtan convidado pudesse receber prasada. Bhagavan
Das começou o kirtan 24h e Guruji foi para fora. Na manhã seguinte, o festival
de Lokanath Das Goswami foi celebrado no Radha-Vinod Mandir como nunca antes.
Cinquenta babajis receberam prasada. Desde essa época não há escassez, a
adoração é conduzida com grande cuidado e muita prasada é distribuída até hoje.
Tudo é realizado pela misericórdia de Guruji e Gauranga. Atualmente o mandir é
um lugar simples, limpo, muito doce e muito agradável, onde muitos sadhus
dedicados executam seus bhajans. O kirtan 24h tem sido mantido no Radhavinod Mandir pelos últimos 5 anos.
No início começou com um mês, depois seis meses e atualmente ainda está
acontecendo juntamente com prasada seva para muitos sadhus. Este serviço é
bondosamente apoiado financeiramente por um devoto residente de Agra. Como um
seguidor exemplar do Senhor Mahaprabhu, Babaji possui um amor singular por harinam
e kirtan. Uma vez, durante seu parikrama de Giriraja, ele carregava uma pequena
sacola de pano contendo um pouco de madhukari roti e um chadar. Perto de Daan
Ghaati, onde tinha uma grande floresta muito tempo atrás, um ladrão se
aproximou dele e perguntou o que tinha na sacola. Babaji, entendendo sua
intenção, entregou a sacola para ele. Outra vez, ele estava andando cantando japa
perto da aldeia de Anyor tarde da noite quando encontrou um pequeno menino que
lhe disse para cantar alto junto com a bela (instrumento musical) dele.
Então, o pequeno menino
desapareceu. Desta época em diante, Babaji começou a cantar e tocar sua bela
como foi instruído provavelmente pelo próprio Senhor Gopal Krishna durante seu parikrama.
Desde esta época ele é famoso como Bela Baba. Guruji é amado por todos, mesmo
em Tripura eles o carregam nos ombros quando ele visita, do mesmo modo como os
Vrajabhasis fazem no Radhakund durante o kirtan ainda hoje. Baba costumava comparecer
ao Hari katha, ouvindo com arrebatadora atenção mesmo que o palestrante fosse
alguém mais novo que ele em todos os aspectos. Mesmo até hoje, Shri Prana
Krishna Das Babaji acorda todo dia às 3 da manhã e toma seu banho no Radhakund,
tanto nas estações frias quanto nas quentes, oferecendo sua adoração a seu
Giridhari em seu kutir e comparecendo ao mangal artik no Radha-Gopinath Mandir.
Após 4:30 da manhã ele chega ao Radha-Vinod Mandir para o mangal artik, onde
executa mais puja. Pela manhã, ele executa seu parikrama diário de Shri
Govardhana e então volta para o Radhakund aproximadamente às 9 da manhã. Então,
ele oferece 108 dandavats às numerosas deidades do Radhakund. Depois disso, ele
senta em seu kutir para meditação e volta ao Radha-Vinod para ajudar a cozinhar
e executar bhoga artik. Então, ele serve prasada para os sadhus, para os
visitantes, para seus discípulos e para todos os devotos. Finalmente ele honra
uma pequena porção de comida simples, arroz cozido com fenacho, evitando doces
e pratos fritos palatáveis como rasa ou vegetais fritos. Imediatamente após seu almoço ele vai para seu
kutir para recitar orações e meditar mais. Ele também atende diariamente ao kirtan
no Samadhi de Raghunath Das Goswami. À tarde ele volta para o Radha-Vinod mandir
para o sandhya (crepúsculo) artik, e então sai novamente para kirtan e parikrama.
Deste
modo, ele executa 7-8 parikramas de Shri Radhakund diariamente. Ás vezes, ele
adormece no kirtan no Samadhi de Raghunath Das e vai descançar por apenas
algumas horas em seu kutir até 3 da manhã. Atualmente, ele acorda às 23 horas, se
junta ao kirtan 24 horas novamente e retorna para dormir às 1:30 da manhã,
descansando apenas até as 3 da manhã. Hoje, aos 93 anos de idade, Babaji está
fixo em sua rotina diária de bhajan com grande devoção e inspirando mais e mais
devotos a se renderem aos pés de lótus de Kundeshwari Radhika através de suas
inabaláveis bhakti e humildade. Através de suas bênçãos, muitas almas,
totalmente desqualificadas, como eu mesma, receberam a rara graça de residir no
bem-aventurado kunda de Swamini. Há alguns anos também, muitos jovens rapazes vrajabhasis
aceitaram Babaji como seu amado Guruji e criaram um grupo de kirtan com
entusiasmo extremamente contagiante por harinam. Ouvir tal kirtan (impregnado
com a imensa misericórdia de um sat guru) tem um efeito muito calmante na mente
e confere uma doce felicidade ilimitada ao coração do ouvinte e de quem quer
que tenha a oportunidade de segui-los em parikrama mesmo uma só vez. Podem-se
encontrar as histórias espetaculares deles em um vídeo na Galeria.
A
agilidade e a prontidão de Babaji são impressionantes. Uma vez, o osso de seu
quadril deslocou-se. O doutor estritamente lhe disse “fique de cama”, mas após
menos de uma semana ele estava sentando na traseira de uma bicicleta dirigida
por um de seus discípulos, fazendo Radhakund-parikrama e após 17 dias estava de
pé novamente, cantando como de costume. Algumas vezes ele senta-se sozinho em Tamal-tala
cantando o mahamantra, não ligando para se alguém lhe faz companhia ou não. Ele
não liga se os devotos cantam apropriadamente ou não – contanto que seja o mahamantra
ele fica feliz em se juntar. Shri Prana Krishna Das Babaji pertence a uma
sucessão discipular perfeita descendendo de Janava Mata (a esposa do Senhor
Nityananda). Ele recebeu misericórdia especial de seu Guru e outros ilustres vaishnavas
de sua linha parampara (veja abaixo e aqui). Nas escrituras sagradas o guru é geralmente
comparado ao pai espiritual que instrui seu discípulo assim como um pai físico
guia seu filho. Babaji, entretanto, é mais comparável a uma amorosa mãe que
concede sua terna afeição e cuidado singular a seus filhos e filhas, facilmente
perdoando suas ofensas. Suas orações para seus discípulos revela um poder um
poder inderrotável contra a energia ilusória deste mundo material. Apesar de
estar na posição de um Gurudev, assim como uma mãe ele frequentemente cozinha e
serve prasada com suas próprias mãos aos vaishnavas.
Depois
de ter alimentado todos, inclusive matajis e crianças, ele compartilha o que
quer que tenha sobrado. Ele cobre suas crianças espirituais com calor
ilimitado, protegendo-os de todas as misérias e colocando-os aos Pés de Lótus
de Radhaji. Nós ouvimos muitas histórias de seus discípulos de como eles se
tornaram livres da escravidão material e doenças incuráveis também, apenas
através da extraordinária graça de Babaji. Babaji não é capaz de falar muito em
inglês, mas de algum modo, devido a suas raras qualidades, muitos devotos
ocidentais recentemente se renderam a seus divinos pés. No Radhakund
especialmente aqueles que o conhecem há muito tempo o consideram como um real
santo, que com sua infinita doçura pode executar o milagre de tornar nossa vida
miserável num jarro de alegria ilimitada. Não apenas ele ama a todos, mas ele
também é ávido por servir a todos. Sua arma para corrigir seus seguidores não é
a repreensão pesada ou disciplina dura como um pai faria com seu filho levado.
Ao invés, Babaji ensina com seu exemplo perfeito, concedendo sua torrente de
afetuosa de misericórdia incondicional e terna afeição. Babaji é
verdadeiramente um vaishnava maravilhoso e seu esplendido sorriso revela o
coração de quem encontrou felicidade dentro de si mesmo. Sua principal
instrução é: “Incessantemente cante o Mahamantra e nunca fique sem seva,
fazendo assim maya (a ilusão material) não será capaz de entrar em você.”
Infinitamente em débito com Shri Gurudev, eu sinceramente expresso minha
gratidão a Sudamsu Das, Bhagavan Das e todos os discípulos vrajabasis de
Babaji, que nos proveram a informação detalhada para compilar a biografia
acima. Com o entusiasmo carismático deles e doçura ilimitada eles são sempre
uma fonte de inspiração para nosso caminho devocional.
Jay
Shri Radhe
Escrito
por Indurekha Dasi. Editado por Advaita Das.
Traduzido para
o português por David
Britto, 30 de janeiro de 2013