sábado, 11 de maio de 2013

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Biografia Hagiografia de Sri Kunjabihari Das Babaji Maharaja


Hagiografia de Śrī Kuñjabihāri Dās Bābājī Mahārāja

Série Biografias Resumidas dos Bābājīs Gauḍīya Vaiṣṇavas



SRI KUNJABIHARI DAS BABAJI MAHARAJA

(1896-1976)

Kunja Bihari Das Babaji era um Tewari Brahmana de Meshya, uma pequena aldeia perto de Jhalda, no distrito de Purulia, no noroeste da Bengala. Recebeu o nome de Kunja Kishor Tewari quando nasceu, no Jhulan Purnima de 1896, sendo o único filho de Nilakamal Tewari e Muktamala Devi. Ele se interessou por assuntos religiosos quando ainda garoto, aprendendo as versões bengalis do Mahabharata e do Ramayana de seu tio, Nilamadhab Tewari. Parecia que a religião Caitanyaísta não era bem conhecida na região na época, e sua primeira atração religiosa foi ao Rama-carita Manasa, de Tulasi Das. Foi apenas em meados dos anos 1920, que ele encontrou pela primeira vez o Bhagavata-purana, com a tradução e comentário de Radhavinoda Goswami. Como de costume nestas circunstâncias, os pais de Kunja Kishor se preocuparam a respeito dos interesses religiosos de seu único filho, e o casaram ainda em idade jovem, para garantir seu compromisso com a família.
Muito embora tivesse apenas uma limitada educação formal, Kunja Kishor abriu uma escola primária em sua aldeia, onde ensinou por vinte anos. Seus interesses principais continuaram a ser religiosos, mas, ao mesmo tempo, ele engajou seus estudantes no movimento nacionalista (Svadeshi), cultivando algodão e fiando-o com o intuito de fazer roupas caseiras. Ele foi particularmente influenciado por Nibaran Chandra Dasgupta, o editor da revista Mukti, que era o órgão principal do partido do Congresso no distrito. Nibaran Chandra era também um Vaisnava, que via a independência como um meio de melhorar o status da religião Caitanyaísta. Kunja Kishor foi muito influenciado por seu ensinamento, em particular, sua atitude diante da proliferação de líderes religiosos na Bengala reivindicando serem encarnações de Deus. Ele foi também introduzido por este a alguns dos aspectos mais sutis dos ensinamentos do Caitanya-caritamrta.
Em 1922, Nilakamal Tewari morreu. Kunja Kishor seguiu os rituais de luto obrigatórios, finalizando com a cerimônia sraddha, mas, logo depois disto, ele adoeceu e por aproximadamente oito meses foi repetidamente atacado por fortes febres. Depois desta longa doença, Kunja Kishor passou por um período que durou aproximadamente um mês e meio da estação chuvosa de 1923, o qual ele mesmo descreveu como unmada, “insanidade”. Ele experimentou este período como sendo de grande alegria e liberdade, afirmando ter tido visões de Radha e Krishna e ouvindo sons divinos, etc. Mais adiante em sua vida, ele olhou para este período como um precursor de suas experiências como um perito no Radha Kund.
Apesar de todas essas distrações, a escola de Kunja Kishor continuou a ser um sucesso, com muitos de seus graduados ganhando bolsas de estudo para seus estudos posteriores. Assim, embora ele tendesse a usar a escola como uma plataforma para atividades religiosas e políticas, havia pouca objeção dos inspetores escolares. Um de seus estranhos costumes de classe era manter uma caveira humana, encontrada num campo, num exibidor com intuito de lembrar a seus estudantes da impermanência da vida. Gradualmente, a escola cresceu e um novo prédio, com o aspecto de um ashram, foi erigido no meio de um campo e lhe foi dado o nome de Sevasrama. Um festival Vaisnava de três-dias, o qual continua a ocorrer lá anualmente, foi inaugurado pelo tio de Kunja Kishor, Subal Chandra Tewari.
No começo dos anos de 1930, a influência dos ensinamentos dos Sahajiyas e Bauls começaram a ser sentidas no distrito, e alguns amigos próximos da família Tewari também se tornaram membros destas seitas. Kunja Kishor sentiu-se muito afortunado de encontrar um Vaisnava de Vrindavan, que estava viajando na área na época. Deste ele aprendeu muitos aspectos do ensinamento Vaisnava, como este é preservado em Vrindavan, incluindo a sucessão discipular e a importância do siddha-pranali na tradição Gaudiya Vaisnava. Kunja Kishor tinha sido iniciado por Gopal Chandra Thakur Goswami de Jhalda quando tinha apenas dez ou onze anos de idade.
Ele agora dera passos para recuperar o conhecimento de siddha-pranali, que era a chave para promover o avanço no caminho espiritual. Com entusiasmo renovado e munido com esta compreensão aprofundada da tradição ortodoxa, ele organizou para converter diversos de seus vizinhos Sahajiyas e Bauls para o caminho do puro Vaisnavismo. Isto causou um distúrbio e os Bauls iniciaram uma campanha de criticismo contra a ortodoxia Vaisnava. Uma grande assembléia foi chamada a se reunir no Sevasram, em novembro de 1934, para estabelecer a supremacia do movimento ortodoxo. Muitos convidados falantes de todo o mundo Vaisnava foram convidados, liderados pelo erudito Vrajendranath Chakravarti de Jhalda. O resultado do encontro foi que a influência no distrito de várias sub-seitas Tântricas do Gaudiya Vaisnavismo estava seriamente enfraquecida.
Infelizmente, apenas poucas semanas após este sucesso, a esposa de Kunja Kishor morreu num parto. Ele continuou sua vida como um professor por mais vários anos enquanto desempenhava suas responsabilidades para com suas duas filhas, Vinodini Devi e Janaki Bala, zelando por seus casamentos e educação. Durante essa época ele continuou a organizar grandes assembléias com o nome de Gaudiya-Vaisnava-Dharma-Samraksini Sabha (“Conselho para a proteção da religião Gaudiya-Vaisnava”). Aqueles que tinham sido iniciados eram encorajados a encontrar seus siddha-pranalis, enquanto aqueles que eram iniciados em movimentos heterodoxos eram encorajados a buscar reiniciação. Ele juntou dinheiro para que aulas de mrdanga e kirtana pudessem ser dadas no Sevasram e formou um grupo de kirtana com os estudantes que participaram.
Conversas da estreita aderência de Kunja Kishor à ortodoxia de Vrindavan chegaram aos ouvidos de Krishna Caitanya Das Babaji do Radha Kund, também oriundo de Jhalda, quem lhe escreveu dizendo que sentia que Kunja Kishor devia ter sido um amigo seu por muitas vidas. A gentileza de um grande monge como Krishna Caitanya Dasji teve um efeito profundo em Kunja Kishor e seu interesse na vida material diminuiu mais ainda. Em 1937, durante o período Kumbha (meio do inverno), ele foi para o Radha Kund, para um mês de férias, e aceitou Krishna Caitanya Dasji como seu siksa-guru, tomando o Panca-tattva e outros mantras dele, bem como instruções sobre adoração. Krishna Caitanya Dasji morreu um ano depois.
Em 1939, Kunja Kishor voltou para Braj com sua mãe, desta vez para sempre. Ele foi imediatamente iniciado na ordem de vida renunciada, pelo renomado erudito Advaita Das Babaji de Govardhan, recebendo o nome Kunja Bihari Das Babaji. Poucos meses depois sua mãe também tomou a ordem renunciada de Advaita Dasji, recebendo o nome de Madhavi Dasi. Ela continuou a viver em um quarto perto do Gopa Kuwa, no Shyam Kund, antes de morrer em 1944.
Kunja Bihari Dasji encontrou uma cabana em Brajananda Ghera, e com a ajuda de doações recebidas de seus conterrâneos ele pode melhorar muito o prédio. Neste, ele estabeleceu uma editora a qual chamou de Krishna Caitanya Sastra Mandir, em homenagem a seu siksa-guru. Ele publicou não apenas numerosos livros como Bhavakupe Jiver Gati, Paratattva Sammukhya, Bhakti-kalpa-lata, Bhakti-rasa-prasanga e Manjari-svarupa-nirupana, mas muitas pinturas e mapas também. O afamado erudito de história Vaisnava e literatura Bengali, Biman Bihari Majumdar, usou o Bhakti-rasa-prasanga como um texto obrigatório para seu curso de mestrado M.A. na Universidade de Patna.
Em sua introdução ao Manjari-svarupa-nirupana, Kunja Bihari Dasji escreve que seu primeiro entendimento com o humor de manjari foi através de seu guru de renúncia, Sri Advaita Dasa Babaji de Govardhana, a quem ele chamou de o mais notável erudito do mundo Vaisnava, especialmente no assunto de estética ou arrebatamento sagrado. Desta época em diante, ele tornou-se especialmente interessado no assunto e começou a coletar referências do humor de manjari sempre que ele se deparava com elas, dando atenção especial aos diferentes ingredientes necessários para produzir a experiência do arrebatamento sagrado neste humor. Mais tarde, ele teve a oportunidade de viver por um longo tempo com outro grande erudito e residente do Radha Kund, Dinasarana Dasa Babaji, e pôde estudar meticulosamente toda a literatura sobre o assunto. Durante este período, a maior parte dos materiais encontrados neste livro eram compilados. Depois, outros residentes do Kund deram encorajamento, e através de ajuda financeira recebida de várias fontes, esses materiais foram publicados como “An inquiry into the nature of Radha’s handmaids”. (Uma investigação sobre a natureza das criadas de Radha – ainda sem tradução)
Kunja Bihari Dasji fez um grande número de discípulos, vários dos quais mais tarde tornaram-se abades do Radha Kund. Seu discípulo mais célebre, Ananta Das Babaji, é um grande erudito por seus próprios méritos, que publicou numerosas obras da Krishna Caitanya Sastra Mandir. A influência de Kunja Bihari Das continua a ser sentida em sua cidade natal, que seus habitantes identificam como Jharikhand, a área de selva através da qual Caitanya passou em seu caminho de Puri para Vrndavana em 1513, evitando a estrada mais freqüentada ao longo do Ganges. A proporção de babajis vivendo no Radha Kund, que vem da parte mais ocidental da Bengala, é bem maior do que 50%. O Vaisnavismo no distrito de Puruliya continua carregando a forte marca das práticas encontradas no Radha Kund.
Kunja Bihari Dasji desapareceu deste mundo no ano de 1976, aos 80 anos de idade.



A informação biográfica apresentada aqui é baseada no panfleto “Paramaradhya Sri-Sri-gurudev Om Visnupad 108 Srimat Kunja-bihari Das Babaji Maharajer Caritavali o Sucaka”, escrito por Ananta Das Babaji (Vrindavan: Sri-Kesava Das, 1979).

Compilação e tradução para o inglês por Jan Brzezinski (Jagadananda Das)

Tradução para o português por David Britto em junho de 2011 (reformatada em julho de 2012)
Fontes: Jayasriradhe disponível no blog Rāgānugā Bhakti Bābājīs e word pdf em Google Drive  ou 4shared




quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Diksa-gurus Femininas na ISKCON Documento do Concílio Aconselhador Sastrico



Um documento pelo Concílio Aconselhador Sastrico, Sastric Advisory Council (SAC)
Membros participantes na autoria deste documento: Suhotra Svami,  Gopiparanadhana Dasa, Drutakarma Dasa, Mukunda Datta Dasa, Purnacandra Dasa,  Devamrta Dasa

Introdução
Em 17 de setembro de 2003, o Concílio Aconselhador Sastrico (SAC) recebeu um pedido do Comitê Executivo (EC) do GBC requisitando a este a pesquisar o tópico filosófico do possível futuro de diksa-gurus femininas na ISKCON:
“Estamos cientes de que a possibilidade de devotos quererem que senhoras se tornem gurus na ISKCON está aí, mas até agora ninguém abordou o assunto de como corrigir ou apropriar isto para que possa estar de acordo com as declarações de Srila Prabhupada, sastra, declarações dos acaryas prévios ou considerações históricas. Agora que o nome de Urmila foi proposto como uma guru na ISKCON, isto trouxe o assunto para a pauta e o EC sente que há uma necessidade de pesquisa a ser feita para clarear a compreensão. Gostaríamos que o SAC pesquisasse isto e nos desse um relatório. Conduziremos uma discussão separada sobre o impacto cultural desta decisão. Tudo que pedimos de vocês é uma compreensão filosófica.”
A respeito do processo do caso particular de Urmila Devi na ISKCON, um membro do EC escreveu, “Até onde eu entendo, isto é um processo regular. Não mudamos a lei do GBC. Mas ela já recebeu três objeções, o que significa que sua nomeação vai diante de todo o corpo do GBC em Mayapur para discussão. Então, o corpo do GBC quer estar preparado sastricamente para discutir esta  questão, definir uma conclusão e executar um voto informado sobre isto. Também, queremos que os devotos em geral entendam que a decisão do GBC foi feita com o conhecimento da história e do siddhanta vaisnavas.”
Os membros do SAC sentiram que as circunstâncias da tarefa eram válidas e o tópico interessante e assim aceitaram a tarefa. Urmila Devi, entretanto, sendo um membro do SAC envolvida neste caso diante do GBC, isentou-se da discussão e de escrever este documento.
Ainda, para assegurar que todos os lados do tópico foram representados propriamente, o SAC aceitou um membro temporário representando os vaishnavas criados em Bharata onde se pode questionar a propriedade de devotas femininas como gurus conforme ao histórico cultural.
Os membros do SAC decidiram proceder por tentar reunir evidências nas seguintes categorias: (1) declarações de Srila Prabhupada (2) declarações por outros acaryas Gaudiya vaishnavas (3) declarações por outros acaryas vaishnavas (4) declarações dos smrtis vaishnavas e (5) exemplos históricos.
Também decidimos alargar nossa visão e assistir o GBC em suas discussões sobre o impacto cultural conduzindo uma pesquisa limitada aos líderes das sampradayas Gaudiya e outras vaishnavas; que será apresentada separadamente. Começamos nossa discussão em 8 de maio de 2004. Os resultados se encontram abaixo.

[...] 

Ponderando a Evidência e Concluindo
A única declaração negativa significante —“Suniti, entretanto, sendo uma mulher, e especificamente sua mãe, não podia se tornar diksa-guru de Dhruva Maharaja.” (Bhag. 4.12.32 significado) — pode ser interpretado diferentemente. Uma interpretação possível é que mulheres não podem iniciar devotos masculinos, mas poderia assim fazer com devotas femininas. Outra poderia ser que mulheres podem iniciar todos os outros exceto sua própria prole. Esta segunda interpretação poderia ser suportada pelo fato de que a segunda esposa do Senhor Nityananda, Sri Vasudha Devi, na iniciou seu próprio filho, Viracandra, mas Sri Jahnava Devi o fez. Em qualquer caso, Srila Prabhupada está se referindo a um incidente em um tempo específico no passado distante, e suas outras declarações tratando com o tempo presente (conversas com o Professor O’Connell ou com Atreya Rsi Dasa), e especificamente dentro da ISKCON, são mais valiosas como pramanas nesta discussão.
Adicionalmente, o sistema vaidika operava durante a Satya-yuga. Sob tal sistema, as mulheres geralmente não recebiam iniciação. Portanto, logicamente, elas também não podiam dá-la. Sob o sistema pancaratrika mais recente, entretanto, mulheres qualificadas podem aceitar e oferecer iniciação.
Apresentamos também declarações, por um lado, requisitando a dependência e proteção sociais das mulheres e, por outro, declarações atestando que em assuntos espirituais tais considerações podem ser transcendidas.
Quando olhamos para todas as declarações de Srila Prabhupada vemos que ele tinha a concepção de gurus femininas no futuro, i.e. se elas pudessem chegar ao padrão, e que havia gurus femininas no passado a quem Srila Prabhupada citou como evidência de sua posição. Mas ele disse que elas eram raras e então nós deveríamos seguir esta indicação.
Ponderando a evidência filosófica, a equipe do SAC conclui que devotas femininas, se qualificadas, devem ser permitidas dar iniciação na ISKCON.
Parece ser insustentável com base em guru, sadhu e sastra, ter uma política que defenda que nunca deve haver gurus femininas na ISKCON. O GBC, entretanto, pode escolher não ter gurus femininas no presente com base em tempo, lugar e circunstâncias ou considerações culturais. Mas assim deve ter alguma justificação do porquê deste tipo de política ser necessária agora.
Se o consenso do GBC é seguir com gurus femininas na ISKCON, então sugerimos pré-requisitos familiares a serem considerados. Os seguintes pré-requisitos levam em conta preocupações sociais:

Pré-requisitos e Apoio Familiares
Uma vez que é difícil averiguar o nível de bhakti de alguém, e para assegurar estabilidade, pode ser considerado prudente pelo GBC colocar alguns pré-requisitos familiares, não absolutos (do contrário violaria o verso kiba-vipra [Cc Madhya 8.128]), sobre as candidatas a guru femininas na ISKCON. Aqui estão algumas humildes sugestões:
a) A vaisnavi deve normalmente ser de uma determinada idade (p. ex. cinquenta ou mais).
b) A vaisnavi deve normalmente ter executado um número mínimo de anos de sadhana-bhakti. (p. ex. vinte e cinco ou trinta anos)
c) A vaisnavi deve normalmente ter algum apoio familiar, p. ex. marido, filho ou filha adulto, ou genro ou nora adulto, e uma base residencial para assegurá-la uma estabilidade psicossocial. Esta cláusula sugerida corresponde às muitas recomendações e advertências sobre mulheres tornarem-se independentes dadas nos dharma-sastras.
d) A vaisnavi deve normalmente ter um apoio espiritual na forma de pelo menos um ou mais siksa-gurus ou mentores seniores dos quais ela pode ter assistência.

Por que condições familiares devem ser colocadas para candidatas a guru femininas?
As mulheres têm uma natureza psicofísica diferente dos homens. Portanto, enquanto ainda estiver nos estágios sadhana de bhakti, uma candidata a guru feminina faria bem em ter algum apoio familiar. Ainda, é raro encontrar exemplos delas aceitando o papel de guru. Isto é claramente declarado por Srila Prabhupada nas conversas acima citadas. Estes pré-requisitos familiares são medidas simples para salva guardar e apoiar futuras gurus femininas sem sobrecarregar candidatas em perspectiva com burocracias desnecessárias.


Fonte: GBC (Tradução da Introdução e Conclusão do original de aproximadamente 14 páginas)
Tradução e resumo [...] por David Britto, 28 de fevereiro de 2013
Disponível no blog Estudos Vaisnavas

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Por favor, me informem qualquer erro de tradução, gramática ou digitação para correção.



terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Biografia de Prana Krishna Das Babaji


Biografia de Um
Verdadeiro Santo
Shri Shri 108 Prana Krishna Das Babaji Maharaja




Shri Shri 108 Prana Krishna Das Babaji Maharaja apareceu em uma família vaishnava no ano de 1918, na aldeia Dhaka Dakshin (o lugar sagrado de aparecimento do pai de Shriman Chaitanya Mahaprabhu), perto da cidade de Shri Hatta, no atual país Bangladesh. Ele teve 2 irmãs (mais novas que ele) e 2 irmãos (mais velhos que ele). Apenas as irmãs ainda estão vivas, na aldeia de Radhapur, próxima à cidade de Dharmanagar, no estado de Tripura. Seu pai e irmãos possuíam vozes muito boas e eram todos hábeis em executar kirtan. Quando o atual estado de Bangladesh tornou-se independente da Índia, ele mudou-se para a cidade de Dharmanagar, onde completou seus estudos e recebeu o título de professor. Na casa de seus parentes ele fez um pequeno poço de água que ainda hoje é cheio de água mesmo na estação quente. Ele estendeu seu amor profusamente a seus irmãos, frequentemente recebendo-os com kirtan. Em Tripura sua família executou harinam yajna várias vezes em casa, convidando mais de 200 pessoas para comparecer ao programa em e honrar os pratos oferecidos ao senhor.

Ele trabalhou para o escritório ferroviário por vários anos, sempre vestindo dhoti (roupa tradicional da religião hindu). Nesta época, sua família quis arranjar seu casamento. Quando as preparações estavam caminhando ele confidenciou a um de seus amigos que seu desejo íntimo era residir em Vrindavana. Na mesma noite ele deixou o lar. Mais tarde, ele foi vier no estado de Assam, na cidade de Karimganj, a 100 km de Dharmanagar, residindo na casa de um devoto e passando seu tempo viajando para inúmeras aldeias por perto, executando kirtana e japa. Desde a infância ele possuía um apego muito sincero e profundo gosto por harinam, revelando assim seu samskara (atividade de sua vida passada) anterior como um devoto exemplar. Depois de algum tempo, o devoto casado que o hospedou faleceu repentinamente, deixando sua esposa sozinha com 5 filhas e um filho. Aflita pela grande desgraça que caiu sobre ela devido à morte de seu esposo, a senhora enfrentou numerosas dificuldades e ficou mentalmente insana.


     Os aldeões locais estavam incrédulos sobre a causa do evento e muitos residentes locais da aldeia aconselharam Praphullo (o nome anterior do Baba) a abandonar aquela casa para evitar críticas a ele. Não ligando para a opinião ordinária do povo ele concedeu sua compaixão incondicional aos inocentes e desamparados, oferecendo sua ajuda de muitas maneiras para a família inteira na partida de seu querido amigo. Finalmente, ele os inspirou no caminho do Amor Divino através do cantar dos Santos Nomes de Shri Hari. Devido ao poder espiritual incomum de Praphullo a senhora recuperou sua paz mental e desenvolveu um desejo sincero de passar o resto de sua vida junto com suas crianças executando bhajan. A devoção ampliada dela para com o Senhor, que é o abrigo último das almas sofredoras, impressionou o coração dos aldeões. Surpresos ao observar a rápida recuperação dela e convencidos pelas palavras verdadeiras dela elogiando a graça recebida de Praphullo, os residentes locais começaram a considerar o fato como um milagre, honrando-o como um santo e salvador da aldeia. Eles o louvaram assim como reverenciavam ao Senhor Chaitanya Mahaprabhu, e quando Praphullo costumava visitar a casa deles, eles sentiam como se uma personalidade divina estivesse honrando suas moradas. Praphullo nunca revelou esta história a ninguém, estando seu coração livre do desejo de receber honra e fama. Ao invés disso, ele estava sempre ávido para servir os outros com a máxima humildade.

Recentemente Baba foi visitar esta aldeia novamente com um de seus discípulos que ouviu esta história do milagre narrada por uma das filhas do amigo falecido pela primeira vez. Uma vez, em outra aldeia, Praphullo juntou alguns devotos e os ordenou a executar kirtan até que ele voltasse. O kirtan começou e Praphullo saiu, retornando muitas horas depois, carregando com ele uma quantidade incrível de arroz, muitos vegetais, feijões e uma grande variedade de outros produtos alimentícios. Ele também trouxe muito dinheiro com ele para distribuir em doação no dia seguinte. O kirtan foi executado por 24 horas continuamente, e a prasada (primorosas preparações de comida espiritual) da manhã seguinte foi distribuída para muitas pessoas. Do mesmo modo ele executou kirtan em diferentes locais. Mais tarde Praphullo foi residir no Madan Mohan Mandir de Nabadweep, onde permaneceu muitos anos no ashram de seu Guruji, Jadu Gopal Goswami. Seu Guruji era um homem muito alto e forte. Por alguma razão Praphullo era tímido para se aproximar dele devido a sua constituição corpórea forte, assim, ele não pôde receber sua associação próxima.

Ao invés disso, ele recebeu mais instruções de Madan Gopal Goswami (o filho de Jadu Gopal Goswami), com quem desenvolveu uma associação estreita para executar bhajan (orações devocionais), kirtan, katha e distribuição de prasada. Naqueles dias, Praphullo circum-ambulava regularmente a terra santa de Nabadweep cantando japa. Após a partida de Jadu Gopal Goswami deste mundo, ele recebeu o siddha pranali completo do filho deste. Praphullo e Madan Gopal Goswami viajavam juntos frequentemente; uma vez, durante uma viagem de ônibus eles sofreram um terrível acidente – todos os passageiros ficaram seriamente machucados. Apenas Praphullo e Madan Gopal Goswami ficaram completamente ilesos. Outra vez, eles estavam passando por um despenhadeiro estreito entre as montanhas quando de repente as árvores de bambu de ambos os lados da estrada curvaram-se completamente para prestar-lhes suas reverências e voltaram ao normal. Nesta ocasião Madan Gopal Goswami revelou à Praphullo que aquelas eram árvores de bambu especiais que estavam oferecendo suas respeitosas homenagens a um descendente do Senhor Nityananda (o próprio M. G. G.). Em outra ocasião, depois de uma longa viagem, eles chegaram a um lugar onde um grupo de devotos estava recitando katha (narração dos santos ensinamentos e histórias). Ao encontrar Madan Gopal Goswami, o organizador o convidou a falar para a comunidade. Ele então pediu à Praphullo para escolher um assunto para o katha e Praphullo sugeriu que seu Guruji narrasse o Guru Vandana (orações à Shri Gurudev). Deste modo, o katha continuou e o Guru Mahima (as glórias de Shri Guru) foi descrito elaboradamente. No começo Praphullo visitava frequentemente o Radhakund e Vrindavana com os devotos de Nabadweep. Em Vrindavan ele residiu no Kesi Ghat, sustentando-se principalmente de água e madhukari roti (pão indiano recebido ao se mendigar nas residências dos residentes locais de Vraja) os quais comia em um local isolado num barco no Yamuna (rio sagrado). Há 40 anos ele vive permanentemente no Radhakund. Devido a sua mais profunda humildade e exaltada bhakti (devoção ao Senhor) Bhagavat Das Babaji lhe conferiu o título de babaji (ordem de vida renunciada), e lhe concedeu a oportunidade de residir num kutir localizado no lado direito do Shri Shri Radha Gopinath Mandir, onde Shri Raghunath Das Goswami executou bhajan no Radhakund. Desde esta época, Praphullo conhecido até hoje como Shri Prana Krishna Das Babaji Maharaja. Uma vez, Bhagavat das Babaji pediu-lhe para executar 24 horas de kirtan no Samadhi de Raghunath das Goswami. Ele concordou e muitos sadhus vieram para o kirtan.

             Ele mendigava diariamente para prover vários alimentos e leite para o templo de Mahaprabhu no Radhakund. Ele era muito resoluto em seu parikrama diário de Govardhana (24 km a pé) e sua atividade proeminente era kirtan. Uma vez, um jovem devoto cujo nome era Bhagavat Das, que vivia anteriormente em Nabadweep, veio viver em Vrindavan no Giridhari Mandir depois da partida de seu Guru instrutor, Guru Vinod Bihari Goswami. Mais tarde, este devoto estabeleceu residência em Govardhan, fazendo kirtan e executando o dandavat parikrama de Shri Govardhan. Nesta época ele encontrou o Babaji perto da aldeia de Anyor. Lá o Babaji lhe perguntou por que ele estava executando o dandavat parikrama e Bhagavat Das respondeu que este era seu desejo íntimo. O Babaji lhe revelou que na tradição Gaudiya isto não era recomendado porque quando se presta homenagens, curvando-se, o corpo deve estar à direita de Govardhan. O Babaji explicou que deste modo ele receberia o resultado do parikrama, mas não das dandavats. Deve-se oferecer reverências prostradas em um só local. Nesta época o Babaji convidou Bhagavat Das para ficar com ele no Radhakund para executar bhajan. Em Puchri Ka Lota (um lugar sagrado aos pés da Colina de Govardhan), profundamente impressionado pela personalidade de Babaji, Bhagavat Das recebeu a iniciação harinam dele. Ele decidiu seguir o Babaji ao Radhakund e mais tarde recebeu a diksha completa, recebendo o nome de Bhagavan Das. Após viver 1 ano em Kamyavan e Jatipura ele foi viver permanentemente no Radhakund.

             Já faz 15 anos que ele está com Guruji. Há apenas 10 anos o templo de Shri Radhavinod foi entregue para Babaji e Bhagavan Das (o atual pujari do mandir). Anteriormente, este templo estava aos cuidados de outro idoso babaji. Muitos babajis ofereciam seus serviços por algumas semanas ou por alguns meses. Quando a sociedade local quis entregar o mandir para Shri Prana Krishna Das Babaji e seu discípulo Bhagavan das, a condição dele estava terrível. Bhagavan Das quis recusar, mas Babaji lhe disse que a sociedade local e Radha-Vinodji estavam infelizes por não receberem o cuidado adequado. O Babaji prometeu que daria seu total apoio e que certamente, pelo poder da extraordinária Graça Divina, o templo se desenvolveria logo. O Babaji então convenceu seu discípulo a aceitar de coração a proposta de prestar serviço no mandir. Madhusudhan Babaji deu a chave do templo junto com um arroz cru, feijões e querosene. Quando eles chegaram com estes itens, o mandir estava empoeirado, sujo e mesmo os utensílios estavam faltando ou quebrados. Havia apenas uma panela pequena onde Bhavana Das reunia todos os ingredientes e cozinhava para o Senhor. Atrás do mandir, havia era uma zona de lixo. Três dias depois era a celebração do desaparecimento de Shri Lokanath das Goswami. Lentamente o templo e o espaço ao redor foram limpos e a adoração procedeu cuidadosamente. Lokanath Goswami foi um vaishnava proeminente e reservatório de serviço fixo aos pés de lótus de Shri Shri Radha-Vinoda. Ele tinha um grande desejo de estabelecer a adoração da deidade e prestar serviço ao Senhor de Vraja. Compreendendo a aspiração de Lokanath de servir Krishna, o Próprio Senhor apareceu e ofereceu um vigraha para Lokanatha Goswami dizendo: “Adore esta deidade aqui. O nome desta deidade é Radha-Vinoda." Depois de lhe dar esta bela deidade, Krishna desapareceu. Para proteger a deidade, ele preparou uma sacola de pano a qual virou seu templo. Shri Radhavinoda ficou como um colar de joia ao redor de seu pescoço. As deidades foram transferidas para Jaipur depois, e uma pratibhu murti está presente agora no Radhavinod Mandir. É dito que quando Krishnadasa Kaviraja Goswami foi até Lokanatha Goswami e lhe pediu suas bênçãos para compilar o Shri Chaitanya Caritamrita, Lokanatha Goswami concedeu-lhe suas bênçãos, mas proibiu a Kaviraja Goswami de mencionar seu nome no livro. Kaviraja Goswami, impressionado por seu apelo, como um sintoma de humildade inabalável, teve que aceitar seu pedido. Assim, não surpreende que Shri Radha-Vinodji deseje ser adorada atualmente por Shri Prana Krishna Das Babaji, cuja vida é um exemplo transparente de devoção pura e humildade incomum ao Senhor. O dia de Adhivas (cerimônia preparativa para a celebração de desaparecimento de Shri Lokanath Das Goswami do dia seguinte) chegou e Guruji pediu a Bhagavan Das para comprar um quilo de laddu (doce de leite) e oferecer duas vezes às Deidades para que o grupo de kirtan convidado pudesse receber prasada. Bhagavan Das começou o kirtan 24h e Guruji foi para fora. Na manhã seguinte, o festival de Lokanath Das Goswami foi celebrado no Radha-Vinod Mandir como nunca antes. Cinquenta babajis receberam prasada. Desde essa época não há escassez, a adoração é conduzida com grande cuidado e muita prasada é distribuída até hoje. Tudo é realizado pela misericórdia de Guruji e Gauranga. Atualmente o mandir é um lugar simples, limpo, muito doce e muito agradável, onde muitos sadhus dedicados executam seus bhajans. O kirtan 24h tem sido mantido no Radhavinod Mandir pelos últimos 5 anos. No início começou com um mês, depois seis meses e atualmente ainda está acontecendo juntamente com prasada seva para muitos sadhus. Este serviço é bondosamente apoiado financeiramente por um devoto residente de Agra. Como um seguidor exemplar do Senhor Mahaprabhu, Babaji possui um amor singular por harinam e kirtan. Uma vez, durante seu parikrama de Giriraja, ele carregava uma pequena sacola de pano contendo um pouco de madhukari roti e um chadar. Perto de Daan Ghaati, onde tinha uma grande floresta muito tempo atrás, um ladrão se aproximou dele e perguntou o que tinha na sacola. Babaji, entendendo sua intenção, entregou a sacola para ele. Outra vez, ele estava andando cantando japa perto da aldeia de Anyor tarde da noite quando encontrou um pequeno menino que lhe disse para cantar alto junto com a bela (instrumento musical) dele.

             Então, o pequeno menino desapareceu. Desta época em diante, Babaji começou a cantar e tocar sua bela como foi instruído provavelmente pelo próprio Senhor Gopal Krishna durante seu parikrama. Desde esta época ele é famoso como Bela Baba. Guruji é amado por todos, mesmo em Tripura eles o carregam nos ombros quando ele visita, do mesmo modo como os Vrajabhasis fazem no Radhakund durante o kirtan ainda hoje. Baba costumava comparecer ao Hari katha, ouvindo com arrebatadora atenção mesmo que o palestrante fosse alguém mais novo que ele em todos os aspectos. Mesmo até hoje, Shri Prana Krishna Das Babaji acorda todo dia às 3 da manhã e toma seu banho no Radhakund, tanto nas estações frias quanto nas quentes, oferecendo sua adoração a seu Giridhari em seu kutir e comparecendo ao mangal artik no Radha-Gopinath Mandir. Após 4:30 da manhã ele chega ao Radha-Vinod Mandir para o mangal artik, onde executa mais puja. Pela manhã, ele executa seu parikrama diário de Shri Govardhana e então volta para o Radhakund aproximadamente às 9 da manhã. Então, ele oferece 108 dandavats às numerosas deidades do Radhakund. Depois disso, ele senta em seu kutir para meditação e volta ao Radha-Vinod para ajudar a cozinhar e executar bhoga artik. Então, ele serve prasada para os sadhus, para os visitantes, para seus discípulos e para todos os devotos. Finalmente ele honra uma pequena porção de comida simples, arroz cozido com fenacho, evitando doces e pratos fritos palatáveis como rasa ou vegetais fritos.  Imediatamente após seu almoço ele vai para seu kutir para recitar orações e meditar mais. Ele também atende diariamente ao kirtan no Samadhi de Raghunath Das Goswami. À tarde ele volta para o Radha-Vinod mandir para o sandhya (crepúsculo) artik, e então sai novamente para kirtan e parikrama.

Deste modo, ele executa 7-8 parikramas de Shri Radhakund diariamente. Ás vezes, ele adormece no kirtan no Samadhi de Raghunath Das e vai descançar por apenas algumas horas em seu kutir até 3 da manhã. Atualmente, ele acorda às 23 horas, se junta ao kirtan 24 horas novamente e retorna para dormir às 1:30 da manhã, descansando apenas até as 3 da manhã. Hoje, aos 93 anos de idade, Babaji está fixo em sua rotina diária de bhajan com grande devoção e inspirando mais e mais devotos a se renderem aos pés de lótus de Kundeshwari Radhika através de suas inabaláveis bhakti e humildade. Através de suas bênçãos, muitas almas, totalmente desqualificadas, como eu mesma, receberam a rara graça de residir no bem-aventurado kunda de Swamini. Há alguns anos também, muitos jovens rapazes vrajabhasis aceitaram Babaji como seu amado Guruji e criaram um grupo de kirtan com entusiasmo extremamente contagiante por harinam. Ouvir tal kirtan (impregnado com a imensa misericórdia de um sat guru) tem um efeito muito calmante na mente e confere uma doce felicidade ilimitada ao coração do ouvinte e de quem quer que tenha a oportunidade de segui-los em parikrama mesmo uma só vez. Podem-se encontrar as histórias espetaculares deles em um vídeo na Galeria.

A agilidade e a prontidão de Babaji são impressionantes. Uma vez, o osso de seu quadril deslocou-se. O doutor estritamente lhe disse “fique de cama”, mas após menos de uma semana ele estava sentando na traseira de uma bicicleta dirigida por um de seus discípulos, fazendo Radhakund-parikrama e após 17 dias estava de pé novamente, cantando como de costume. Algumas vezes ele senta-se sozinho em Tamal-tala cantando o mahamantra, não ligando para se alguém lhe faz companhia ou não. Ele não liga se os devotos cantam apropriadamente ou não – contanto que seja o mahamantra ele fica feliz em se juntar. Shri Prana Krishna Das Babaji pertence a uma sucessão discipular perfeita descendendo de Janava Mata (a esposa do Senhor Nityananda). Ele recebeu misericórdia especial de seu Guru e outros ilustres vaishnavas de sua linha parampara (veja abaixo e aqui). Nas escrituras sagradas o guru é geralmente comparado ao pai espiritual que instrui seu discípulo assim como um pai físico guia seu filho. Babaji, entretanto, é mais comparável a uma amorosa mãe que concede sua terna afeição e cuidado singular a seus filhos e filhas, facilmente perdoando suas ofensas. Suas orações para seus discípulos revela um poder um poder inderrotável contra a energia ilusória deste mundo material. Apesar de estar na posição de um Gurudev, assim como uma mãe ele frequentemente cozinha e serve prasada com suas próprias mãos aos vaishnavas.

Depois de ter alimentado todos, inclusive matajis e crianças, ele compartilha o que quer que tenha sobrado. Ele cobre suas crianças espirituais com calor ilimitado, protegendo-os de todas as misérias e colocando-os aos Pés de Lótus de Radhaji. Nós ouvimos muitas histórias de seus discípulos de como eles se tornaram livres da escravidão material e doenças incuráveis também, apenas através da extraordinária graça de Babaji. Babaji não é capaz de falar muito em inglês, mas de algum modo, devido a suas raras qualidades, muitos devotos ocidentais recentemente se renderam a seus divinos pés. No Radhakund especialmente aqueles que o conhecem há muito tempo o consideram como um real santo, que com sua infinita doçura pode executar o milagre de tornar nossa vida miserável num jarro de alegria ilimitada. Não apenas ele ama a todos, mas ele também é ávido por servir a todos. Sua arma para corrigir seus seguidores não é a repreensão pesada ou disciplina dura como um pai faria com seu filho levado. Ao invés, Babaji ensina com seu exemplo perfeito, concedendo sua torrente de afetuosa de misericórdia incondicional e terna afeição. Babaji é verdadeiramente um vaishnava maravilhoso e seu esplendido sorriso revela o coração de quem encontrou felicidade dentro de si mesmo. Sua principal instrução é: “Incessantemente cante o Mahamantra e nunca fique sem seva, fazendo assim maya (a ilusão material) não será capaz de entrar em você.” Infinitamente em débito com Shri Gurudev, eu sinceramente expresso minha gratidão a Sudamsu Das, Bhagavan Das e todos os discípulos vrajabasis de Babaji, que nos proveram a informação detalhada para compilar a biografia acima. Com o entusiasmo carismático deles e doçura ilimitada eles são sempre uma fonte de inspiração para nosso caminho devocional.
     Jay Shri Radhe

Escrito por Indurekha Dasi. Editado por Advaita Das.
Traduzido para o português por David Britto, 30 de janeiro de 2013
Fonte: Biography of a Real Saint: Shri Shri 108 Prana Krishna Das Babaji Maharaja
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Disponível nos blogs Rāgānugā Bhakti Bābājīs e Estudos Vaiṣṇavas





Parampara
de Prana Krsna Das Babaji


            
1.      Sri Nityananda
2.      Sri Janava Mata Goswamini
3.      Sri Narayani Mata Goswamini
4.      Sri Govinda Priya Mata Goswamini
5.      Sri Kadamb Mala Mata Goswamini
6.      Sri Nava Kumari Mata Goswamini
7.      Sri Kalindi Mata Goswamini
8.      Sri Anna Purna Mata Goswamini
9.      Sri Taramani Mata Goswamini
10.  Sri Krishna Kisor Goswami Prabhupada
11.  Sri Kisori Mata Goswamini
12.  Sri Sarada Sundari Mata Goswamini
13.  Sri Prana Gopal Goswami Prabhupada
14.  Sri Yadu Gopal Goswami Prabhupada
15.  Sri Geeta Mata Goswamini
16.  Sri Madan Gopal Goswami
17.  Sri Prana Krishna Das Babaji Maharaja


Fotos Parampara de Shri Prana Krishna Das Babaji Maharaja

Em alguns casos, tal como na família de Pran Gopal Gosvami de Nabadwip, a tradição é que os 
filhos são sempre iniciados por suas mães. Shri Pran Gopal Gosvami diria que quando o poder da 
misericórdia do Guru juntou-se com o amor maternal, uma força espiritual extremamente poderosa foi 
criada.

Veja abaixo as fotos do Parampara




Sri Prana Gopal Goswami Prabhupada                      



Sri Yadu Gopal Goswami 





    Sri Geeta Mata Goswamini          





                              

Sri Madan Gopal Goswami







                             Sri Prana Krishna Das Babaji Maharaja (Radhakund) 5 fotos


Traduzido para o português por David Britto, 30 de janeiro de 2013
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25 Instruções Para Alcançar Prema



Escrito por Shrila Pranakrsna Das Babaji Maharaji

Todo devoto sincero deve contemplar e seguir e estas instruções pessoais:

1) Acordar para o Brahma muhurta.
2) Prestar dandavat para Shri guru, Govinda, vrajadham e parampara.
3) Tentar ter bons hábitos de limpeza ao escovar os dentes, ir ao banheiro, tomar banho e ao fazer o Thakur puja.
4) Ver o mundo inteiro fazendo bhajan felizmente.
5) Manter silêncio.
6) Não tocar ou falar com mulheres.
7) Orar ao Guru e aos Vaishnavas, ler o Gita e o Bhagavatam.
8) Não pensar mal dos outros.
9) Não perder sêmen.
10) Não dormir durante o dia.
11) Manter as costas eretas.
12) Não comer luxuosamente.
13) Não perturbar os outros com corpo, mente e palavras.
14) Fazer Harinam kirtan.
15) Contar enquanto canta Japa.
16) Não ser luxurioso e irado.
17) Meditar em sua svarupa.
18) Respeitar Krsna em toda entidade viva.
19) Pensar em Vrindavan como sua própria vida.
20) Pensar em Radha-Krsna mesmo em seus sonhos.
21) Ter bhakti firme em Shri Gurudeva, Vrajadham, nos Vrajabasis, nos Vaishnavas, em seu diksa mantra e no harinam.
22) Sempre pensar em Giriraj, Yamuna e em kunjavan.
23) Tomar o trinad api sloka como sua próprio vida.
24) Pensar em todas as mulheres como suas mães.
25) Contemplar a morte.

Traduzido para o português por David Britto, 30 de janeiro de 2013
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